Qual profissão escolher? 

Baseado no Livro “Como encontrar o trabalho de sua vida” (Roman Krznaric).

Seja qual for sua idade, você já deve ter se perguntado: qual é meu propósito de vida? Para o que eu nasci? Qual a minha vocação?

Geralmente essas questões nos assombram um pouco mais assim que saímos do ensino médio, toda aquela pressão sobre o que cursar e qual carreira seguir pode nos gerar um redemoinho de emoções adversas, o que não conseguimos enxergar naquele momento é que essa decisão às vezes não será absoluta e em algum momento de nossas vidas precisaremos repensar o que estamos fazendo.

Pessoas que estão em transição de carreira também experimentam esse sentimento, um misto de incertezas e empolgação com a ideia de algo novo.

Existem 4 maneiras que são as mais utilizadas para decidir que caminho seguir na trajetória profissional, mesmo que possam causar um pouco de “confusão profissional”, são elas:

1. Escolha por herança

Aqui os pais acabam direcionando os filhos a seguir os mesmos passos deles, seja escolhendo a mesma profissão que eles ou herdando uma empresa de família. Veja que independente da vocação que essa pessoa tenha nada disso foi considerado, apenas a passagem de um legado, de uma responsabilidade de pais para filhos.

2. Escolha por educação

Geralmente podemos ser levados a escolher nossa carreira também através do que tivermos mais habilidade e a escola é a grande responsável por isso, aqueles alunos que tenham mais aptidão em exatas por exemplo, irão receber direcionamento para seguir essas tendências.

3. Escolha por orientação

Muito parecida com a escolha por educação, aqui seremos direcionados por testes vocacionais, que moldam seu perfil levando em consideração algumas escolhas e traçam uma ideia que talvez combine com o que você respondeu naquele momento.

4. Escolha por paixão

Quando escolhemos aquilo que somos apaixonados em fazer temos grandes chances de fazê-lo muito bem e não apenas pela obrigação do trabalho, de cumprir horas, mas pelo prazer de investir tempo naquilo que brilha nossos olhos. Essa talvez seria a melhor opção, certo? “Faça o que ama e nunca trabalhe”! Mas nem sempre é assim.

Você precisa encontrar um equilíbrio entre os 4 tipos de escolhas citadas acima e observar alguns parâmetros que são o ponto chave para tomar uma decisão mais assertiva nesse momento tão importante.

Considere os seguintes parâmetros:

  • Sentido

Qual o sentido do meu trabalho, o que eu quero com ele? Ganhar dinheiro? Fazer network? Ter reconhecimento? Impactar o mundo de uma maneira positiva?

O que tem mais peso para você diante desses questionamentos? Ao refletir nessas perguntas você deverá considerar profissões que mais te aproximarão desse sentido e investir nelas.

  • Fluxo criativo

Quando falamos de uma experiência de fluxo consideramos aquelas atividades em que ficamos inconscientemente absortos no que quer que estejamos fazendo, seja tocar um instrumento, fazer alguma atividade física, estudando algo de nosso interesse, apresentando uma conferência ou fazendo uma cirurgia. Ficamos tão envolvidos com tal atividade que não vemos o tempo passar. Quando isso acontece entramos em um “fluxo”. Essas atividades são intrinsecamente motivadoras o que nos coloca nesse estado.

Nos sentimos totalmente envolvidos com o presente.

Esse parâmetro será utilizado para você medir o quão realizadora pode ser essa atividade. É importante ter em mente que seja qual for a profissão que escolha ela não será composta apenas de um fluxo contínuo, mas todas as áreas irão oferecer momentos menos fluido, a ideia é você identificar em quais atividades você entra com mais facilidade nesse fluxo criativo imersivo.

  • Liberdade

“Não quero cair na rotina

Não quero se escravizado por máquinas, burocracias, tédio e feiura.

Não quero me tornar um imbecil, um robô, um peão.

Não quero me tornar um fragmento de pessoa.

 

Quero fazer meu próprio trabalho.

Quero viver com (relativa) simplicidade.

Quero lidar com pessoas, não com máscaras.

As pessoas importam. A natureza importa. A beleza importa.

A inteireza importa.

Quero ser capaz de me importar.”

 

Esse manifesto poético às aspirações humanas escrito na década de 70 ecoa no íntimo de muitas pessoas hoje.

O último parâmetro que você precisa considerar é a liberdade, quando falamos de liberdade não é sobre flexibilidade de horário, mas a liberdade de ser quem é, geralmente esse é um ponto que pode fazer mais sentido para pessoas que já experimentaram um trabalho em que tiveram a sensação de perderem um pouco de sua essência e deixarem-se moldar por determinada rotina de tal forma que quando olham para si mesmos não conseguem enxergar princípios e valores que consideravam inegociáveis.

A nossa individualidade é o que temos de mais autêntico e devemos preservar e valorizar quem somos.

É possível encontrar um trabalho que seja edificante e amplie nossos horizontes, mesmo em funções simples conseguimos sentir satisfação no trabalho, isso não é impossível.

“Onde as necessidades do mundo e seus talentos se cruzam, aí está sua vocação” – Aristóteles.

 

Sobre o Autor:

WhatsApp Image 2022 12 29 at 18.23.58 1 e1672349302968 Jéssica Gaspari adora aquele cheirinho de livro novo, aprecia uma boa leitura – melhor ainda se for acompanhada de seu gato e um cafezinho. Atualmente, é responsável pelo atendimento e relacionamento da Move42.

LinkedIn: Jéssica Gaspari Lourenço.

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