Como a inteligência artificial pode criar um novo sabor para nossos alimentos com base no atual “paladar” da nossa geração?

Recentemente vi o lançamento de uma cerveja 100% criada por IA, agora a Coca-Cola lançou uma versão criada por inteligência artificial também. Isso me fez lembrar da conversa icônica entre Agente Smith e Cypher no filme The Matrix onde Cypher resume o sabor como apenas uma mensagem das máquinas para o seu cérebro indicando que o filé é algo suculento e delicioso.

Há anos vemos na indústria alimentícia os rótulos contendo os dizeres “aroma artificial idêntico ao natural”. E fazendo um paralelo: como é que uma máquina conhece o sabor do filé? Partindo da ideia de que ó gosto de um filé nada mais é do que uma combinação de elementos químicos sintetizados – veja quantos projetos de carne sintética surgiram nos últimos anos – é totalmente possível que um dia, não saibamos mais qual o é gosto real da carne, isto é, se é que isso já não se perdeu. Talvez as gerações do futuro, criadas com alimentos sintéticos, ao provarem um filé de uma vaca “orgânica” de fazenda, nem reconheçam isso como carne de “verdade”

Será então que o sabor nada mais é do que apenas uma questão de química e por isso uma máquina consegue, por meio de cálculos e lógica, desenvolver um sabor mais “agradável” ao paladar humano?

Sabemos que já existem diversos algoritmos que gerenciam nossas escolhes e nos “induzem” para tomar as melhores decisões. Até mesmo os anúncios que recebemos são personalizados e baseados em nossos interesses – conforme os próprios termos de confirmação que aceitamos em diversos sites e até mesmo no próprio sistema operacional de nossos computadores pessoais e celulares. Isso significa que, em resumo, se a maioria das pessoas se identificar mais com uma cor, por exemplo, uma inteligência artificial pode entender que ao apresentar mais imagens e padrões visuais baseados nesta cor ela conseguir manter mais conexões ou até mesmo “vender melhor” uma informação – o estudo das cores e sua influência não é algo novo para nós, mas o seu uso ainda estava limitado ao nossa velocidade “humana”.

Veja por exemplo a nossa querida banana, tão consumida aqui no Brasil. Poucas pessoas sabem mas a nossa famosa Banana Nanica não existe na natureza, ela é uma variação criada a partir do que chamamos de bananas selvagens: Musa acuminata e Musa balbisiana. As bananas originais são praticamente “intragáveis” devido ao tamanho de suas sementes e sabor “diferente”. Da mesma forma o milho, trigo, soja e, até mesmo a cerveja, já estão sendo modificados para que ofereçam um sabor mais agradável e conquistem um mercado maior.

 

Conclusão

Sim, Cypher estava correto: a ignorância é uma benção!

O sabor do filé é simplesmente uma combinação de sensações bioquímicas percebidas por nossa língua e… Nariz. Sim o nariz é que sente cerca de 80% do gosto do alimento. Depois de sentidas, essas reações são transmitidas ara nosso cérebro e aí a mágica acontece.

Logo, se tratando de uma reação bioquímica e sendo possível simulá-la em um laboratório, a inteligência artificial pode sim, por meio de análise de dados, produzir um alimento personalizado de acordo com o seu paladar e que lhe ofereça um sabor mais agradável. Bem-vindo ao admirável mundo novo!

 

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