A inovação é a principal base de toda a existência da Move42 e um dos principais assuntos que tratamos em nosso blog e redes sociais. Sempre falamos sobre a importância e a necessidade de buscar o novo, manter-se atualizado e à frente do mercado. 

Mas como saber se a sua empresa é inovadora mesmo? Será que é possível medir o nível de inovação? 

A resposta é: sim, é possível – e nesse artigo, te ensinaremos como. Mas, além disso, também traremos alguns questionamentos importantes, afinal, inovar só para falar que inova não leva ninguém a lugar nenhum. 

Por que você quer inovar? 

Um estudo da Accenture, de 2020, revelou que as empresas que gerenciam sua inovação podem ter até o dobro de lucro das que não fazem. Mas medir a inovação é complexo. Portanto, para chegar num resultado preciso, é importante que alguns pontos estejam muito bem alinhados: 

  • O que sua empresa busca com a inovação?  

Qual é o objetivo? Por que a empresa está se dedicando à inovação? Pode ser que o propósito seja realizar mais vendas, sair à frente da concorrência ou melhorar os processos internos, talvez até mesmo se posicionar como uma instituição que cria tendências. Todos são motivos válidos, desde que estejam bem alinhados com a missão, visão e valores da empresa. 

E é por isso que esta é sem dúvida a primeira pergunta que você precisa responder antes de iniciar algum projeto de inovação em sua empresa. Sem ter esse direcionamento, será mais difícil convencer e engajar as pessoas em sua iniciativa.  

  • De que forma isso será feito?  

De acordo com o objetivo identificado na pergunta anterior, como a empresa pretende inovar? Através de treinamentos e workshops com os colaboradores? Ou com o desenvolvimento de novos projetos e produtos? Ou por meio de parcerias com outras empresas para gerar um novo modelo de negócio? 

São esses dois pontos que irão guiar as métricas e a análise dos resultados. Portanto, tenha certeza de que a equipe está bem alinhada, para que todos trabalhem com o mesmo propósito. 

Innovation Accounting  

Partindo para os indicadores propriamente ditos, a “innovation accounting” surgiu justamente para isso. Em português, o termo significa “contabilidade da inovação”, o que já é bem autoexplicativo: o processo de contabilizar e analisar os resultados da inovação. 

É importante ressaltar que, para medir os resultados, precisamos de dados. Plataformas como o Trello, Asana e Clickup, por exemplo, ajudam gerenciar seus projetos e a entender a produtividade de sua equipe. Você precisa trabalhar com informações relevantes sobre o desempenho do seu negócio, falamos um pouco mais sobre isso em nosso artigo sobre indicadores para startups. 

Input x output (equivalente ao ROI ou Outcome) 

O termo “input” representa tudo aquilo que foi investido – tempo, dinheiro, energia e demais recursos – enquanto o output é o contrário, aquilo que veio como retorno – pode ser o lucro ou quantidade de vendas que vieram de um novo projeto, engajamento da equipe ou melhorias de processos e produtividade, por exemplo.  

A partir disso, alguns indicadores que você pode analisar são:  

Tempo e dinheiro investido em treinamentos, aumento de produtividade dos colaboradores, redução de tempo investido em reuniões, quantidade de ideias obtidas nas reuniões, ideias que foram aplicadas à prática, retorno financeiro das novas soluções, feedback de clientes, feedback de fornecedores, feedback da equipe, valor agregado à marca, engajamento dos colaboradores, e muito mais. 

Como fazer isso? Vamos a alguns exemplos: 

  • Geração de novas ideias x Ideias implementadas x Resultado obtido 

Quando o objetivo é trazer novas soluções e projetos para a empresa, você pode comparar quantas horas de reunião foram necessárias entre a equipe (input), quantas ideias surgiram nessas reuniões (output) e quantas delas foram, de fato, implementadas (input). 

E das que foram implementadas, qual foi o resultado obtido (output)? Quantas vendas ou acessos foram obtidos? Qual foi o retorno financeiro? 

  • Treinamentos x Produtividade x Resultado obtido 

Por outro lado, se o objetivo é obter mais produtividade através da capacitação dos colaboradores, outra possível análise é o quanto de dinheiro da empresa e tempo dos colaboradores foi investido nos treinamentos, cursos e workshops (input) e qual foi o resultado disso em termos de produtividade (output). 

Com relação à produtividade, você pode analisar, por exemplo, quantas entregas mensais uma equipe fazia antes e quantas passou a fazer após os treinamentos. Ou quantas horas eram necessárias para a realização de uma tarefa específica e quantas são necessárias hoje. 

Além disso, no caso de setores que envolvem o contato com clientes e/ou fornecedores, também é possível analisar os feedbacks prévios e posteriores, por meio de um NPS (net promoter score) por exemplo – em breve teremos um artigo sobre essa e outras formas de avaliar a experiência de sus clientes (internos e externos). 

  • Tempo de retorno do CAC 

O CAC (Custo de Aquisição de Cliente) representa o custo que cada novo cliente demanda para o seu negócio, ou seja, o investimento financeiro feito para a conquista.  

Ao avaliar o tempo de retorno do CAC, ou seja, em quanto tempo o “investimento para a conquista” se paga por meio da venda de produtos ou serviços para o cliente, você conseguirá avaliar se a inovação aplicada promoveu uma redução do tempo de retorno ou até mesmo, influenciou diretamente o custo de aquisição.  

E agora, quais são os próximos passos…? 

Depois de ler este artigo, acredito que você tenha ficado com pelo menos algumas pulgas atrás das orelhas e com desejo de colocar tudo em prática, isso é ótimo! Então vamos lá. 

Geralmente para iniciar um piloto ou até mesmo um MVP, nós sempre indicamos que você siga três passos: 

1. Faça o básico, mas faça o melhor básico que alguém já viu. 

O que significa isso? Ataque os gargalos mais óbvios, os problemas já diagnosticados e que mais se repetem na sua empresa, aquelas situações que todos conhecem, mas que ninguém conseguiu parar para focar ainda e propor uma solução inovadora. Esse será o seu alvo para “vender a ideia”.  

2. Explore a jornada de seu cliente 

Nunca foi tão importante avaliar a jornada de nossos clientes, a era da hiper conexão tecnológica no trouxe alguns benefícios, como estar mais próximos de nossos clientes para colher feedback, porém também nos trouxe uma exposição maior para avaliações e julgamentos.

Você pode usar este argumento para iniciar um processo de inovação nesta jornada, sempre haverá algo que pode ser melhorado ou até mesmo, criado para encantar ainda mais seus clientes e, acredite, eles estarão super dispostos para ajudar com isso.  

3. Busque um voto de confiança 

Essa dica é muito útil para cenários onde existe uma resistência maior para ações de inovação. Tente buscar no mercado, em suas referências ou outros players do mesmo ramo, cenários, casos de sucesso ou até mesmo reportagens que demonstram como algumas inovações trouxeram um resultado muito estratégico para estas empresas.

Eu sei que você pode ouvir coisas do tipo: “Mas aqui é diferente…”, “Mas lá é muito maior/menor…”, etc. Só que como eu sempre digo: “As palavras encantam, mas o exemplo arrasta”, traga números e informações que possam se vender por si e… 

Aí vem o grande segredo: conquiste um apoiador da liderança. Você não precisa conquistar a todos, mas se escolher a pessoa certa e plantar a semente, ele pode levar a sua ideia para os demais e você conseguirá conquistar mais espaço.  

Depois disso você pode escolher um framework de mercado ou até mesmo buscar apoio com uma consultoria para colocar tudo em prática. Aqui na Move nós geralmente apoiamos nossos clientes com dois modelos bem interessantes: O “framework de 3 horizontes” da McKinsey e o “Octógono da Inovação” dos professores Maximiliano e Felipe Ost Scherer.

Se desejar conhecer um pouco mais sobre o nosso trabalho, entre em contato com um de nossos consultores. 

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