Conheça as 10 empresas mais inovadoras do Brasil em 2022
No início de janeiro, a revista Forbes divulgou uma lista de 10 empresas brasileiras que se destacaram no ano de 2022 por sua inovação – a seleção engloba desde startups até empresas multinacionais.¹
Mas, para entender essa lista, vamos recapitular o que significa ser uma empresa inovadora.
O que é inovação e o que faz uma empresa ser inovadora?
A palavra inovação representa a ação de inovar, ou seja, concretizar novas ideias, soluções que impactam a vida das pessoas.
Dentro do contexto organizacional, esse significado se mantém, podendo ser através da atualização ou criação de produtos, serviços e, até mesmo, de processos ou técnicas – desde que possuam esse caráter revolucionário e que gere algum valor para a empresa.
E, considerando o momento que vivemos atualmente, a inovação é mais uma necessidade do que uma opção.
Algumas empresas, entretanto, destacam-se nesse quesito, pelo impacto que geraram – seja externo ou interno –, como vamos mostrar abaixo. Segundo um dos curadores da Forbes, em seu LinkedIn:
“Os resultados demonstram que a inovação não depende do porte ou setor. Mas de mentalidade, competência e engajamento. Ser inquieto com o status quo, identificar problemas, […] e propor soluções efetivas […] por meio da combinação de tecnologias e da gestão de conhecimento.”²
#DicaDaMove: Caso você esteja se perguntando como é possível medir o nível de inovação de uma empresa, acesse esse artigo que fizemos sobre Innovation Accounting.
#1 Alice
A Alice³ é uma healthtech (startup do ramo da saúde), que chegou ao mercado em 2020 com a proposta de ser “uma plataforma de cuidado integral e personalizado” usando a inteligência artificial, vários canais de atendimento e análise de dados, segundo a reportagem.
Além dos benefícios para o cliente final, Alice ainda introduziu um novo formato de remuneração aos profissionais parceiros.
Dessa forma, segundo os criadores da startup, “todos os elos da corrente se beneficiam do modelo de forma consistente e sustentável”.
Com mais de 10 mil clientes e uma rede de saúde que já conta com nomes como Hospital Israelita Albert Einstein, seu modelo de negócios revolucionou o mercado de saúde privada no Brasil, o que fica nítido em seu crescimento exponencial e aporte de mais de US$170 milhões.
#2 BHub
A BHub⁴ chegou em 2021 apostando no já conhecido modelo de assinaturas, mas de um segmento que ainda não havia sido explorado: o backoffice as a service.
O objetivo é facilitar a vida de empreendedores através de um sistema de gestão, garantindo mais praticidade e mais economia – que segundo o CEO, chegou a mais de R$40 milhões.
Segundo a matéria, “o cálculo é feito levando em consideração o custo de manter um departamento interno para lidar com administrativo, financeiro e RH versus o custo de assinar a BHub”.
#3 Carbonext
A Carbonext⁵ existe desde 2010, mas depois da pandemia teve um salto de crescimento. A organização preserva a Floresta Amazônica, monitorando uma área de cerca de 5 milhões de hectares, através da venda de créditos de carbono tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas.
“A empresa é responsável pelo gerenciamento do ciclo de produção e comercialização dos créditos (os projetos são verificados pelo Verra, maior certificadora de projetos de carbono no mundo)”, é o que cita a reportagem da Forbes.
Durante os primeiros meses de 2022, a Carbonext gerou cerca de R$150 milhões em créditos de carbono. Além disso, a empresa já recebeu duas rodadas de investimento – a primeira de R$25 milhões e a segunda, em julho do ano passado, de R$200 milhões.
#4 Cargill
A Cargill⁶ é uma das principais empresas de capital privado do país. Seu negócio consiste na produção, venda e processamento de commodities, como os grãos.
O que a destaca é o seu investimento em pesquisa e ciência – que leva à inovação. A organização trabalha com cientistas, que se dedicam à pesquisa e desenvolvimento de alimentos e ingredientes:
“São desses lugares que pode sair um óleo vegetal de maior saudabilidade em sua composição, um ingrediente para a massa de pizza, o recheio do biscoito com baixo nível de gorduras […]”, é o afirma o jornalista da revista Forbes.
Esses cientistas atuam em laboratórios que, além da pesquisa, abrangem a inovação aberta e serviços sob demanda. Um dos principais complexos é o Centro de Inovação da Cargill, localizado em Campinas (SP).
#5 Energisa
A Energisa⁷ é a quinta maior distribuidora de energia elétrica do país, com atuação em mais de 800 cidades, e dedica 1% de seu faturamento anual a pesquisas ligadas à inovação. Em 2021, o faturamento da organização foi de $23,7 bilhões e o lucro de R$ 3,1 bilhões.
O investimento tem surtido efeito. Um dos novos produtos da empresa é a manutenção preditiva, que usa a inteligência artificial para prever quando uma central (subestação de distribuir) irá dar algum tipo de problema – o que resulta em bairros e cidades sem energia.
Segundo o diretor de inovação da Energisa, a iniciativa já gerou mais de R$5 milhões em economia.
#6 iFood
Essa foodtech já apareceu aqui e em diversas outras reportagens por sua inovação no setor. A empresa afirma que, atualmente, possui mais de 100 modelos de inteligência artificial.
Segundo o VP de estratégia e finança, “A compreensão do tempo, da oferta, da demanda, da topografia, do horário, do dia da semana […], isso tudo é gerenciado por um algoritmo que usa capabilities de machine learning.”
Além da comida, o iFood⁸ também passou a investir em farmácias, pet shops, supermercados e está até testando shoppings. Além disso, em parceria com a Voltz e Ipiranga, criou motos elétricas para seus entregadores.
#7 Neurotech
A Neurotech⁹ utiliza a inteligência artificial para analisar os milhões de dados de seus clientes e, assim, facilitar o processo de tomada de decisão.
Segundo o fundador, “Nossos clientes tomam 70 milhões de decisões todos os meses com base em nossos sistemas”.
Alguns de seus principais clientes são as seguradoras, que precisam lidar com a precificação de apólices, e empresas de varejo, como e-commerces, permitindo a criação de ofertas direcionadas com base na navegação de um usuário.
#8 Phelcom
Sediada¹⁰ em São Carlos, interior de São Paulo, a Phelcom desenvolve “dispositivos portáteis com inteligência artificial embarcada para diagnósticos imediatos”.
A organização fez sua estreia no mercado da saúde em 2019 com o Eyer, um produto que realiza o exame de retina de forma rápida e simples, podendo detectar mais de 50 doenças, incluindo glaucoma e catarata.
Essas informações ainda são salvas em uma nuvem e podem ser acessados por médicos em qualquer lugar do mundo.
Segundo o CEO da Phelcom, “30% dos funcionários trabalham em pesquisa e desenvolvimento.”
#9 Pismo
Pismo¹¹ é uma plataforma de processamentos para serviços bancários e pagamentos, com solução nativa in cloud que já atende grandes instituições, como o Itaú e BTG Mais.
A diretoria da empresa afirma que possui mais de 400 funcionários divididos entre Brasil, Inglaterra, Singapura, Índia e Estados Unidos, além de movimentar mais de US$130 bilhões em transações.
“Sabemos que o dilema de um grande banco é comprar ou fazer as soluções de tecnologia. Oferecemos um caminho intermediário, uma via em que o cliente não precisa desenvolver toda a camada mais baixa dos processos”, é o que diz a cofundadora.
#10 Syngenta
Talvez seja um pouco confuso, mas a Syngenta¹² é uma empresa multinacional chinesa, mas com origem suíça e cujo principal mercado é o Brasil. Ela comercializa agroquímicos para lavouras.
A empresa investe mais de U$1 bilhão por ano em pesquisa e desenvolvimento, buscando atender às preocupações ligadas não só à sustentabilidade e questões sociais, mas também à produtividade e estabilidade financeira.
Está esperando o que para inovar?
Viu como a inovação pode estar presente de diferentes formas e em diferentes setores? E, ainda, trazer lucro para a empresa e impacto positivo na sociedade?
O que você está esperando para inovar também?
Conheça nosso programa de inovação organizacional e conte com a ajuda da Move42 para começar!
¹ As 10 empresas mais inovadoras do Brasil
